SOBRE A EFICÁCIA DOS FÁRMACOS!


28 de Fevereiro de 2008
Estudo britânico questiona eficácia de antidepressivos


Pesquisa efectuada na Grã-Bretanha considera a última geração de antidepressivos como sendo pouco eficaz na maioria dos pacientes.


O estudo foi conduzido por investigadores da Univerdade de Hull, argumentando que os fármacos apenas ajudam um pequeno grupo de pessoas que sofrem de depressão severa.

Os cientistas analisaram dados de 47 testes clínicos, concentrando-se em medicamentos conhecidos como Inibidores Selectivos da Recaptura de Serotonina (ISRS), actuando estes através do aumento da serotonina no cérebro, uma hormona que controla o humor.

Os investigadores notaram que os efeitos positivos destes medicamentos em pacientes com depressão profunda eram "relativamente pequenos". Entre os fármacos que foram estudados encontram-se nomes como Prozac, Seroxat ou Efexor.

Irving Kirsch, coordenador da pesquisa, afirma que as diferenças entre os pacientes que tomaram o placebo e o medicamente não são muito grandes.
"Isto significa que pessoas com depressão podem melhorar sem tratamentos químicos", disse o investigador.

De acordo com os cientistas, a maioria dos pacientes acredita que os fármacos funcionam, o que explica o chamado efeito placebo, onde as pessoas se sentem melhor por apenas saberem que estão a tomar um medicamento que os irá ajudar.

"Diante destes resultados, parecem haver poucas razões para se receitarem antidepressivos, a menos que os tratamentos alternativos tenham falhado", concluiu o investigador.

O estudo veio provocar polémica na indústria farmacêutica, na qual a Eli Lilly, fabricante de Prozac, afirmou que diversas pesquisas médicas e científicas já demonstraram que o medicamento é um antidepressivo eficaz.
Um porta-voz da GlaxoSmithKline, responsável pelo Seroxat, comentou igualmente sobre o estudo, considerando que se baseou em "uma pequena amostra do total de dados disponíveis".

Pedro Santos

Fonte: http://www.farmacia.com.pt

Crises Frequentes...


As mãos, os pés, as extremidades ficam geladas, surgem as dificuldades em respirar, surge uma tosse que parece ser um meio de nos defendermos... A senção é de morte iminente, sem que nada nem ninguém nos possa ajudar... No ínicio, tudo parece perder a nítidez, a memória quase desaparece e dá lugar à confusão. O coração ora parece acelerar, ora tudo parece parar, a boca está seca... Ocorre um mal-estar a nível do estomago e instestinos, há gases... A tensão arterial sobe, perco a força, não consigo falar ou andar... O corpo contorce-se, as mãos tocam o rosto, fixam-se em qualquer lugar... Parece ser o final... Nestas horas de crises repetidas já tomei sedativos, aspirina, hipertensores... Nada parece resultar... Neste momento, estou nesse estado!
Estou no limite...

Medicamentos para a Depressão: A Demência...


Depois de tantos anos a tomar medicamentos para a depressão, os efeitos secundários que me preocupam mais são estes lapsos de memória que geram um estado de pânico e descontrole absoluto... Por vezes, chego a lugares onde vou todos os dias e não os reconheço, faz-me confusão a posição onde estou, não sei onde é a saída, tudo me parece estranho...Outras vezes, não consigo lembrar-me dos nomes das pessoas com as quais mais convivo, nem consigo lembrar-me dos seus rostos...

Depressão: Multiplicidade de Sintomas


Por vezes, tudo começa com uma tristeza profunda, "justificada ou injustificada", resta saber a quem convém a definição. É óbvio que a tristeza profunda, estado de angústia, existe e basta tal facto. Todavia, alguns acontecimentos traumáticos, tais como mortes, doenças, desemprego, problemas financeiros, amorosos, etc, constituem factores extremos de indução de estados de angústia profunda. Normalmente, surgem vários sintomas associados, tais como: dificuldade em respirar, hipertensão, síndroma de pânico ou morte iminente, pés e mãos gelados, suores frios, desorientação, tonturas, vertigens, desânimo, irritação, cansaço e fadiga, dificuldades de concentração, perda de capacidades intelectuais, problemas graves de memória, falta de apetite, consciência da morte, infelicidade, insónia, pensamentos suicidas. Esta sintomatologia tem inúmeras variantes, no entanto, estes episódios tendem a ser frequentes parecendo que o último é sempre o pior...
Durante os tratamentos, ficamos autênticos "zombies", os episódios ficam mais suaves ou menos frequentes, temos janelas de felicidade, as quais no meu entender não compensam todos os sofrimentos e sacrifícios a que a medicação obriga.
Os psiquiatras drogam-nos o mais que podem, exploram-nos até ao ultimo euro... Talvez, por isso, surja a ideia que a Depressão é uma doença dos ricos e da classe média... Há quem diga que os "pobres não têm tempo nem dinheiro para depressões", de facto, dinheiro não têm...
Seria necessária uma postura diferente do serviço nacional de saúde, permitindo o acesso gratuito a especialistas, evitando o sofrimento dos doentes e o número de suicídios.
Por vezes o deprimido, apenas teve um ataque de lucidez e compreendeu como é injusta a sociedade onde vive, o sentimento da sua alienação e da impotência para resolver todos os problemas que o preocupam, geram situações de potenciais depressões... Para o tratarem e o obrigarem a encarneirar de novo, oferecem-lhe através da droga e das lavagens cerebrais, uma realidade optimista, tentam enganá-lo com o dilema do pessimismo e do optimismo... A medicação atenua os sintomas e evita a revolta...

Depressões e Medicação


Quando caímos na depressão, não importa se nos explicam a doença com razões que a razão desconhece ou se a explicação é mais científica e se refere a anomalias bioquímicas; na verdade, garantem-nos a salvação através de uma bateria de fármacos, cujos efeitos secundários são graves e a dependência que criam são um problema gravíssimo que ninguém, mesmo ninguém parece estar interessado em ajudar a resolver...
Os clínicos gerais receitam-nos xanax, prozac, lorenin, efexor, cipralex, paxtil e mais uma panóplia de outros fármacos muitos mais poderosos, os quais não vou agora referir.
Depois de vários anos a ingerirmos estas drogas, alguns sintomas mais graves da depressão parecem ter-se suavizado, no entanto, outros problemas e sintomas surgiram, deixando-nos em terra de ninguém...
Se formos ao psiquiatra ele vai insistir em novos fármacos, vai dizer-nos que temos que fazer uma terapia muito prolongada,porque só assim veremos os efeitos benéficos dos medicamentos... Entretanto, já nos cobrou uma fortuna e prepara-se para fazer de nós uma aplicação financeira a prazo.
Se conseguirmos vegetar e perder quase tudo o que nos pode fazer felizes durante este novo tratamento, vamos sobreviver com a memória destroçada, a carteira vazia e a dependência eterna dos medicamentos. Aliado a tudo isto, uns mêses depois voltamos a sentir os mesmos sintomas do inicio e o ciclo recomeça... Talvez, desta vez, seja pior, porque sabemos que não temos cura, sentimos um sofrimento inexplicável, não procuramos ajuda, começamos a auto-medicarmo-nos, novos pensamentos negros começam a ganhar forma, a ideia de suicídio surge-nos do nada em momentos que parece que perdemos todos os sentidos e faculdades...
Lançamos SOS invisíveis ou codificados, aproximamo-nos do abismo sem percebermos. Os outros começam a olhar-nos com desconfiança, como se a nossa vida não passasse de uma peça de teatro...